A Nova Medida da Felicidade: Descubra o que é e como afeta sua vida

Saúde física e mental, equilíbrio emocional, vínculos sociais, propósito de vida, caráter e segurança financeira… Eis os ingredientes do bem-estar e da felicidade humana, segundo uma parruda pesquisa global encabeçada por instituições de peso como a Universidade Harvard e o Instituto Gallup.

Utilizando um novo conceito, o de florescimento humano, a iniciativa Global Flourishing Study está mapeando em 22 países (incluindo o Brasil) e mais de 200 mil pessoas o que nos faz viver plenamente.

A primeira leva de descobertas desse trabalho, que consumirá um investimento de 43 milhões de dólares, acaba de ser divulgada e traz, entre outras descobertas, uma análise sobre como países e gerações vêm se saindo.

E muitas coisas ainda devem pintar por aí nos cinco anos de investigação a que se propôs o projeto. “É o maior e mais ambicioso esforço para medir o bem-estar humano”, afirma a psicóloga Ilana Pinsky em sua coluna de VEJA sobre a safra inicial de resultados.

O que nos faz florescer?

O Global Flourishing Study é conduzido pela Universidade Harvard, Instituto Gallup, Universidade Baylor e Centro para Ciência Aberta. A meta é acompanhar os milhares de participantes ao longo dos anos, deixar os dados abertos a toda comunidade de pesquisadores interessada e publicar os achados mais notáveis em periódicos importantes.

Florescer, do inglês flourishing, é um estado em que todas as áreas da vida estão nutridas e em harmonia”, traduz Pinsky, responsável por chamar a atenção deste jornalista para a envergadura da empreitada e resumir a ópera em seu espaço na VEJA. 

Os voluntários do estudo passam por entrevistas com questionários estruturados e metodologia consolidada com o objetivo de montar um raio X de diversas esferas da vida e de sua conexão com a sensação de bem-estar reportada. O panteão de 22 nações é o que está por trás da pujança e diversidade geográfica, etária, cultural e religiosa da amostra. 

Um dos grandes diferenciais da iniciativa é que suas métricas sobre o que nos faz viver bem são mais completas do que a de estudos como o Relatório Global de Felicidade, que restringem a análise e levam mais em consideração questões como o reflexo do PIB e do IDH na realidade das pessoas.

Seis pilares balizam o Global Flourishing Study:

  1. Saúde física e mental
  2. Bem-estar emocional
  3. Propósito de vida
  4. Vínculos sociais
  5. Caráter 
  6. Segurança financeira

A somatória dos dados forma um índice de florescimento, e ele dá uma ideia mais fidedigna de quão felizes e otimistas estão as pessoas pelo planeta: do México a Suécia, com escala no Brasil.

Dinheiro não é tudo na vida

Uma das primeiras conclusões que vieram à tona nessa onda inicial de achados é que, de fato, dinheiro não é tudo nessa vida. “Se faltam laços sociais e senso de pertencimento, não há riqueza que dê conta”, comenta Pinsky.

Ao dar mais valor a outros pilares além do financeiro, o novo índice de florescimento coloca nações de renda média na frente das ricas, invertendo o mapa da felicidade usual, sempre liderado pelas nações escandinavas.

Dessa forma, no ranking do florescimento, o top 5 fica assim por ora:

  1. Indonésia
  2. Israel
  3. Filipinas
  4. México
  5. Polônia

Quem diria! A Suécia fica em 13º lugar; Estados Unidos, em 12º; a Grã-Bretanha, em 20º.

E o Brasil? Estamos na 15ª posição, cinco posições atrás da Argentina.

A idade influencia na felicidade?

O Global Flourishing Study também traz um retrato de como as gerações encaram suas rotinas e anseios. Nesse aspecto, a juventude é quem amarga o pior lugar no índice.

Em diversos países, incluindo Brasil, EUA, Suécia e Grã-Bretanha, a faixa etária dos 18 aos 24 anos é a que detém as menores notas na avaliação do florescimento humano. 

Nessas nações, a felicidade tende a aumentar com a idade. “Isso rompe com a famosa curva em U dos estudos de bem-estar, aquela teoria de que a satisfação com a vida é alta na juventude, cai na meia-idade e só volta a subir na velhice”, comenta Pisnky.

O que estaria por trás desse fenômeno? “Parte das respostas é econômica: são jovens lidando com altos custos de vida, dívidas, insegurança financeira… E parte é uma crise de sentido, de visão de mundo ou lugar de pertencimento”, analisa a psicóloga, autora de Saúde Emocional: Como Não Pirar em Tempos Instáveis (Contexto).

O estudo confirma duas tendências que se entrelaçam de alguma forma com a visão e vivência do bem-estar: o aumento na exposição a telas e redes sociais e a queda na participação em comunidades religiosas.

Próximos passos

Insights não faltarão depois das cinco ondas de resultados serem divulgadas. Uma das expectativas é o que apontarão os dados sobre envelhecimento: os desafios e as oportunidades que se abrem com o avançar da idade.

E uma das características mais interessantes dessa enorme pesquisa é que seus achados poderão inspirar e nortear ações voltadas a centros comunitários, bairros, cidades, países…

Afinal, o florescimento humano é algo dinâmico – e, felizmente, é possível mudar alguns de seus pilares em nome de um futuro melhor. A ver o que as novas ondas da iniciativa vão revelar…

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Saúde física e mental, equilíbrio emocional, vínculos sociais, propósito de vida, caráter e segurança financeira… Eis os ingredientes do bem-estar e da felicidade humana, segundo uma parruda pesquisa global encabeçada por instituições de peso como a Universidade Harvard e o Instituto Gallup.

Utilizando um novo conceito, o de florescimento humano, a iniciativa Global Flourishing Study está mapeando em 22 países (incluindo o Brasil) e mais de 200 mil pessoas o que nos faz viver plenamente.

A primeira leva de descobertas desse trabalho, que consumirá um investimento de 43 milhões de dólares, acaba de ser divulgada e traz, entre outras descobertas, uma análise sobre como países e gerações vêm se saindo.

E muitas coisas ainda devem pintar por aí nos cinco anos de investigação a que se propôs o projeto. “É o maior e mais ambicioso esforço para medir o bem-estar humano”, afirma a psicóloga Ilana Pinsky em sua coluna de VEJA sobre a safra inicial de resultados.

O que nos faz florescer?

O Global Flourishing Study é conduzido pela Universidade Harvard, Instituto Gallup, Universidade Baylor e Centro para Ciência Aberta. A meta é acompanhar os milhares de participantes ao longo dos anos, deixar os dados abertos a toda comunidade de pesquisadores interessada e publicar os achados mais notáveis em periódicos importantes.

Florescer, do inglês flourishing, é um estado em que todas as áreas da vida estão nutridas e em harmonia”, traduz Pinsky, responsável por chamar a atenção deste jornalista para a envergadura da empreitada e resumir a ópera em seu espaço na VEJA. 

Os voluntários do estudo passam por entrevistas com questionários estruturados e metodologia consolidada com o objetivo de montar um raio X de diversas esferas da vida e de sua conexão com a sensação de bem-estar reportada. O panteão de 22 nações é o que está por trás da pujança e diversidade geográfica, etária, cultural e religiosa da amostra. 

Um dos grandes diferenciais da iniciativa é que suas métricas sobre o que nos faz viver bem são mais completas do que a de estudos como o Relatório Global de Felicidade, que restringem a análise e levam mais em consideração questões como o reflexo do PIB e do IDH na realidade das pessoas.

Seis pilares balizam o Global Flourishing Study:

  1. Saúde física e mental
  2. Bem-estar emocional
  3. Propósito de vida
  4. Vínculos sociais
  5. Caráter 
  6. Segurança financeira

A somatória dos dados forma um índice de florescimento, e ele dá uma ideia mais fidedigna de quão felizes e otimistas estão as pessoas pelo planeta: do México a Suécia, com escala no Brasil.

Dinheiro não é tudo na vida

Uma das primeiras conclusões que vieram à tona nessa onda inicial de achados é que, de fato, dinheiro não é tudo nessa vida. “Se faltam laços sociais e senso de pertencimento, não há riqueza que dê conta”, comenta Pinsky.

Ao dar mais valor a outros pilares além do financeiro, o novo índice de florescimento coloca nações de renda média na frente das ricas, invertendo o mapa da felicidade usual, sempre liderado pelas nações escandinavas.

Dessa forma, no ranking do florescimento, o top 5 fica assim por ora:

  1. Indonésia
  2. Israel
  3. Filipinas
  4. México
  5. Polônia

Quem diria! A Suécia fica em 13º lugar; Estados Unidos, em 12º; a Grã-Bretanha, em 20º.

E o Brasil? Estamos na 15ª posição, cinco posições atrás da Argentina.

A idade influencia na felicidade?

O Global Flourishing Study também traz um retrato de como as gerações encaram suas rotinas e anseios. Nesse aspecto, a juventude é quem amarga o pior lugar no índice.

Em diversos países, incluindo Brasil, EUA, Suécia e Grã-Bretanha, a faixa etária dos 18 aos 24 anos é a que detém as menores notas na avaliação do florescimento humano. 

Nessas nações, a felicidade tende a aumentar com a idade. “Isso rompe com a famosa curva em U dos estudos de bem-estar, aquela teoria de que a satisfação com a vida é alta na juventude, cai na meia-idade e só volta a subir na velhice”, comenta Pisnky.

O que estaria por trás desse fenômeno? “Parte das respostas é econômica: são jovens lidando com altos custos de vida, dívidas, insegurança financeira… E parte é uma crise de sentido, de visão de mundo ou lugar de pertencimento”, analisa a psicóloga, autora de Saúde Emocional: Como Não Pirar em Tempos Instáveis (Contexto).

O estudo confirma duas tendências que se entrelaçam de alguma forma com a visão e vivência do bem-estar: o aumento na exposição a telas e redes sociais e a queda na participação em comunidades religiosas.

Próximos passos

Insights não faltarão depois das cinco ondas de resultados serem divulgadas. Uma das expectativas é o que apontarão os dados sobre envelhecimento: os desafios e as oportunidades que se abrem com o avançar da idade.

E uma das características mais interessantes dessa enorme pesquisa é que seus achados poderão inspirar e nortear ações voltadas a centros comunitários, bairros, cidades, países…

Afinal, o florescimento humano é algo dinâmico – e, felizmente, é possível mudar alguns de seus pilares em nome de um futuro melhor. A ver o que as novas ondas da iniciativa vão revelar…

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O Global Flourishing Study, uma pesquisa global liderada por instituições renomadas como a Universidade Harvard e o Instituto Gallup, visa mapear os fatores que contribuem para o bem-estar e a felicidade humana em 22 países, incluindo o Brasil. Com um investimento de 43 milhões de dólares, o estudo busca entender o conceito de "florescimento humano", que é definido como um estado em que todas as áreas da vida estão nutridas e em harmonia.

Pilares do Florescimento Humano

Seis pilares fundamentais sustentam o estudo:

  1. Saúde física e mental
  2. Bem-estar emocional
  3. Propósito de vida
  4. Vínculos sociais
  5. Caráter
  6. Segurança financeira

Esses pilares são utilizados para compor um índice de florescimento, que fornece uma visão mais abrangente e precisa da felicidade e otimismo das pessoas em diferentes partes do mundo, indo além das tradicionais métricas que focam em fatores econômicos como PIB e IDH.

Resultados Iniciais

As descobertas iniciais revelam que, contrariamente à crença comum, a riqueza financeira não é o único determinante da felicidade. O estudo indica que a falta de laços sociais e de um senso de pertencimento pode anular os benefícios financeiros. Isso transformou a classificação do florescimento humano, destacando países de renda média em posições mais altas que nações ricas, como as escandinavas. O ranking de florescimento atual coloca a Indonésia, Israel, Filipinas, México e Polônia nas cinco primeiras posições, enquanto a Suécia, Estados Unidos e Grã-Bretanha ocupam posições mais baixas.

Influência da Idade na Felicidade

Outro aspecto interessante do estudo é a análise do impacto da idade na percepção de felicidade. Os jovens de 18 a 24 anos estão entre os que apresentam as menores notas no índice de florescimento, contradizendo a teoria clássica da curva em U, que sugere que a satisfação com a vida diminui na meia-idade antes de aumentar na velhice. O estudo sugere que os desafios econômicos e uma crise de sentido são fatores que afetam negativamente a felicidade dos jovens.

Expectativas Futuras

O Global Flourishing Study continuará a gerar dados e insights ao longo de cinco anos, com a expectativa de que suas descobertas possam informar políticas e ações em comunidades e países. A pesquisa indica que o florescimento humano é dinâmico, e seus pilares podem ser alterados para promover um futuro melhor. As próximas ondas de resultados prometem trazer ainda mais informações sobre o envelhecimento e como isso pode impactar o bem-estar.

Em resumo, o Global Flourishing Study representa um esforço abrangente e inovador para entender os múltiplos fatores que contribuem para a felicidade e o bem-estar humano, desafiando certas noções prévias e abrindo caminhos para novas iniciativas que possam melhorar a qualidade de vida das pessoas.

By Grecia

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